terça-feira, 17 de novembro de 2009

Festas Rave + Drogas + Sexo = ? Conheça um pouco da história...



GOA TRANCE
(Ver também a Edição Festas Rave e Links)


Breve histórico: Goa trance é um tipo de música eletrônica, um sub-gênero do Trance. O estilo começou em Goa, Índia, no final da década de 1980, quando hippies, viajantes, buscadores espirituais e um sem-número de pessoas ligadas a manifestações de contra cultura, munidos de conhecimento técnico de produção de música electrónica e de um puro desejo de curtir e experimentar, desenvolveram, de forma intuitiva, um novo estilo sonoro. Goa Gil é um dos fundadores desse movimento.

Foram incorporados à tradicional música electrónica elementos da sonoridade oriental, bem como ritmos menos industriais do que aqueles tão comuns ao techno urbano, que era o estilo vigente da época. Informações rítmicas tribais e étnicas foram também incorporadas, resultando assim numa música mais orgânica, mais facilmente assimilável, que estimulava não só estados próximos ao transe místico (associados aos mantras indianos, por exemplo), mas também uma maior harmonia com os ambientes naturais e ao ar livre.
Festas espontâneas emergiam no litoral de Goa, quando voluntários se encarregavam de instalar som e decoração precárias, mas suficientes para levar os participantes a experimentar uma atmosfera celebrativa muito especial, não só a partir da música, mas de uma vivência única de liberdade e tolerância, da dança sem regras, das viagens psicadélicas e espirituais.

Foi assim que nasceu o chamado Goa trance. Inicialmente melódico e muito carregado dos elementos orientais, foi levado à Europa, onde aos poucos se multiplicaram festas inspiradas no estilo de Goa. As festas foram aumentando de tamanho, atraindo mais e mais pessoas, e trazendo a tona um revival das velhas aspirações dos movimentos hippie e da contra cultura da década de 1960 e década de 1970. Isso explica o processo de fusão cada vez mais nítida do velho rock'n roll às batidas hipnóticas da música electrónica e dos elementos orientais.

Psi Trance X Goa Trance:

Há controvérsias a cerca da disassociação das vertentes psy trance e goa trance. Alguns caracterizam tanto um como outro um único estilo.
Goa trance é considerado um estilo nascido em Goa, Índia que possui características intrísecas como o constante uso de melodias repetitivas com pequenas variações que se sobrepõe em diferentes elementos, multi-camada, formando um som bastante hipnótico que cumpre a função de levar o transe através da repetição. Além disso, apresenta bumbo característico com pitch menos elevado, trechos de mantras indianos e efeitos psicodélicos.
Artistas : Filteria, Goasia, Artifact 303, Antares, Afgin, Radical Distortion.

Derivação do Goa trance com diminuição do excesso de melodias repetitivas e enfâse nos elementos psicodélicos. Bumbo com pitch elevado, efeitos sonoros mais trabalhados e complexos. Uma música característica do desenvolvimento deste estilo que se tornou hit no mundo inteiro em torno do ano 2000 é do famoso projeto Hallucinogen com título mi loony um.
Artistas : Hux flux, Digital Talk, Protoculture, Burn in Noise, Parasense, Xenomorph, GMS.

A Nova Geração de Artistas:

Alguns artistas atuais deram uma nova roupagem ao estilo Goa Trance sendo caracterizados como nova geração de artistas. O projeto The Misted Muppet de Israel representa este marco com o lançamento do álbum From The Legend em 2004. Um som futurista com fusão de algumas características do psy trance com o goa trance, permânencia do bumbo com pitch elevado, baixo evidente e trabalhado, efeitos de glitch precisos e constantes, melodias precisas e não repetivas, uso de pianos, guitarras, além da adição de efeitos de filmes.

Artistas : Talpa, Braincell, Trold.

Outras Ligações: Experiências Psicodélicas

Trance psicadélico (português europeu) ou psicodélico (português brasileiro) (referido ainda como psy trance) é uma forma de música eletrônica desenvolvida no fim dos anos 1980 em Israel a partir do Goa trance (da Índia , Goa). Este estilo tem uma batida rápida, entre 135 e 165 batidas por minuto (bpm), além da batida forte de kick, num compasso 4x4, que algumas vezes difere da batida do techno por ter um alcance de freqüência um pouco mais alto além dos sons graves. O Goa trance original geralmente era feito com sintetizadores modulares e samplers de hardware, mas a preferência no trance psicodélico se direcionou para a manipulação de samples e armazenamento em programas de sampleamento VST e AU. O uso de sintetizadores analógicos para a síntese sonora deu lugar aos instrumentos "analógicos virtuais" digitais como o Nord Lead, Access Virus, Korg MS-2000, Roland JP-8000 e os plugins de computador VST e AU como o Native Instruments Reaktor. Esses geralmente controlados por um sequenciador MIDI dentro de um programa de Digital Audio Workstation (DAW). O trance psicodélico é freqüentemente tocado em festivais ao ar livre(longe de grandes centros urbanos), que podem durar vários dias, com a música tocando 24 horas por dia.

Surgimento no Brasil:

Em Trancoso, sul da Bahia, reduto hippie dos anos 1960 e 1970, o trance psicodélico apareceu no final da década de 1980, logo após seu desenvolvimento em Goa, com a vinda de estrangeiros[1]. Já na década seguinte, apareciam as primeiras raves no estado de São Paulo. No final dos anos 1990 e início do século XXI, no Brasil o estilo se tornou popular com diversos festivais e festas reunindo mais de vinte mil pessoas ocorrendo ao longo do ano e em diversas metrópoles do país, e cada vez mais ganhando aceitação do público em geral.

Atingindo grande popularidade em 2007, o termo Psy Trance (do mesmo modo que acontecia em relação ao techno, no passado) é erroneamente usado para se referir a todos os estilos de música eletrônica mais dançantes ou animados. Muitas músicas chamadas de Psy Trance pela mídia e fãs em geral, na verdade são House, por exemplo.

Vertente do Estilo:

É um dos mais populares estilos de música eletrônica nos últimos anos, e vem sendo tocado desde raves específicas para este estilo até clubes mais comerciais. É bastante psicodélico, tendo como característica principal a idéia de transe em que o ouvinte entra, embalado pelas linhas de sintetizador repetidas ao longo das batidas da música, que consiste num ritmo 4/4. Desde o seu surgimento, o trance já passou por várias mudanças. De acordo com os detalhes em sua estrutura, podem ser dos estilos Progressive, Dark e Psychodelic, entre outros. Cada vertente tornou-se independente, formando uma escola para os artistas envolvidos. Sendo assim, é possível acompanhar a evolução da cena psicodélica em particular. Dentro da cena atual, a produção de música eletrônica é abundante e rica em qualidade, dividindo-se nitidamente em três fortes correntes principais: Full On, Progressive e Dark.

Full On

É a vertente mais pesada e rápida do Psy Trance. Seus baixos são corridos com muitas variações de tons, sintetizadores ao extremo e por uma grande oscilação entre momentos de euforia total e melodias bem trabalhadas, geralmente construídas entre 142 e 150 bpms. É sem dúvida um som que tem um apelo dançante. É extrovertido e convidativo à expressão corporal da dança. Seus elementos vão entrando, cada um em seu tempo, até que a música enche, e então explode. Alguns da vertente são: Alien Project, Didrapest, Logica(Alok & Bashar), Bizzare Contact, Shanti, Krome Angels, Sesto Sento, GMS, Infected Mushroom, Painkiller, Astrix, Talamasca, Sub6, 1200 Micrograms, 220v, Growling Machines, Mahamudra, Exaile, Paranormal Attack, Dynamic. São alguns exemplos.

O Full On se divide em:

• Morning: sub-vertente que é mais comum no período da manhã nas festas, com melodias mais melódicas. A maior parte dos "mornings" vem de Israel. Alguns exemplos: Astrix,Infected Mushroom, Protoculture, Vibe Tribe, Melicia, Bamboo Forest e Sesto Sento.

• High Tech: sub-vertente muito comum no começo de tarde nas festas, é derivado do morning, e tem mais efeitos eletrônicos. Os maiores produtores de "high tech" são Israelenses. Alguns artistas da sub-vertente: Perplex, Phanatic, Switch, Freedom Fighters, Eskimo, Mekkanikka e Ananda Shake.

• Night: sub-vertente que se destaca pelo mix de elementos do Dark Trance (som sério, batidas pesadas, sintetizadores sombrios) com um ritmo mais acelerado, poucas melodias e é mais dançante. O projeto mais conhecido de night, embora muitos o considerem "dark" é o Shift. Alguns artistas da sub-vertente: Azax Syndrom, Damage, Killer Buds, Iron Madness, Menog, Abomination, Zion Linguist e Digital Talk. São alguns exemplos.

• Groove: sub-vertente mais séria, tem como principal idealizador o projeto francês Talamasca é bem aceita em qualquer horário, principalmente a tarde. Utiliza muito sintetizador, explosões, linhas de baixo mais incorporadas e pesadas. Projetos como Burn In Noise, Flip Flop, First Stone, Headroom. São alguns exemplos.

Progressive

Vertente mais calma, lenta e extremamente lisérgica do Psy Trance, construída geralmente (mas nem sempre) entre 130 e 140 bpm. A oscilação é deixada de lado, o som é mais constante, retilíneo e crescente. Os sintetizadores são mais sutis, sendo a batida e a linha de baixo o que mais interessam ao trance. É uma música introspectiva, que busca equalizar as ondas do cérebro, e assim, chegar a um estado meditativo da dança. É o som típico de fim de tarde no qual, depois do Dark e do Full On, é muito aceita para descansar o corpo e a mente. Tem um kick bem leve e um baixo bem grooveado, passando por diversos tons que empolgam seu ritmo dançante. Exemplos são os produtores do Beat Bizarre, Zion in Mad, Metapher, Bitmonx, Ace Ventura, Analog Drink, Ticon e Atmos. O "prog" mescla várias vertentes e sub-vertentes da música eletrônica podendo caminhar entre o prog house, prog psy e prog dark, estando todos englobados no mesmo estilo (não há como classificar ou ter-se-ia nomenclaturas enormes do tipo minimal-progressive-electro-breaks). Ele pode ter um bassline com bastante groove, assim como nenhum groove.
Dark Psytrance:

Dark Psychedelic Trance (Transe psicodélico obscuro).
É uma subvertente do Psychedelic Trance que possui um caráter sombrio, escuro e sinistro, ao contrário do Morning Trance que tem melodias poucos sombrias. Caracteriza-se ainda por apresentar efeitos curtos e rápidos, batidas que variam de 140 a 200 bpm, sem uma melodia pegajosa de sintetizador, baixo reto ou em alguns casos 'grooveado', bumbo(kick) pesado e samples (amostras de som) macabros de filmes como: gritos, risadas, sons de animais, interjeições. Além disto, possui sintetizadores característicos de efeitos de terror em filmes e cada música tem uma cadência bem diferenciada, podendo ser dançante ou não (nos casos mais pesados ou muito acelerados). Ideologicamente, demonstra o excesso de informação atual em forma de música, causando subliminarmente um lado sombrio e pesado do século XXI, em que a sociedade apresenta um comportamento repetitivo, consumista, consumida pela rotina e alienação.
A experiência psicodélica é caracterizada pela percepção de aspectos mentais originalmente desconhecidos por parte do indivíduo em questão. Os estados psicodélicos fazem parte do espectro de experiências induzidas por substâncias psicodélicas. Neste mesmo campo de estados, encontram-se as alucinações, distorções de percepção sensorial, sinestesia, estados alterados de consciência e, ocasionalmente, estados semelhantes à psicose e ao êxtase religioso.

Nem todos que experimentam drogas psicodélicas (como o LSD) têm uma experiência psicodélica e muitos alcançam estados alterados de consciência através de outros meios, como pela meditação, yoga, privação sensorial, etc.

Níveis da Experiência:

O Psychedelic Experience FAQ (em inglês) descreve cinco níveis da experiência:

Nível 1:
Aumento das capacidades sensitivas (principalmente visuais), tornando as cores mais "brilhantes". Ligeiras anomalias na memória de curto prazo. Mudanças na comunicação entre ambos os lados do cérebro, tornando a música mais expressiva.
Nível 2:
Cores realçadas, ligeiras alucinações visuais (ex. objetos se movimentam ), desenhos parecem adquirir terceira dimensão. Pensamentos confusos; considerável aumento das capacidades criativas.
Nível 3:
Alucinações visuais claras, tudo parece curvado ou alterado em outros aspectos, caleidoscópios ou imagens fractais vistas nas paredes, paisagens, imagens de pessoas, etc. Alucinações com os olhos fechados se tornam tridimensionais. Há alguma confusão entre os sentidos (ex. o indivíduo começa a "ver os sons como cores"). Distorções na percepção temporal e "momentos eternos". Movimentação corporal se torna extremamente difícil (muito esforço necessário).
Nível 4:
Alucinações extremamente fortes (ex. objetos se fundem com outros). Destruição ou divisão múltipla do ego (ex. objetos parecem conversar com o indivíduo, ou este começa a sentir sensações contraditórias simultaneamente). Alguma perda da realidade. O tempo perde seu significado. Experiências extra-corporais. Fusão dos sentidos.
Nível 5:
Total perda de conexão visual com a realidade. Os sentidos deixam de funcionar em seu estado normal. Total perda da noção de ego. Sensação de fusão do indivíduo com o espaço, outros objetos, ou universo. A perda da realidade torna-se tão severa que desafia sua expressão verbal. Os primeiros estágios são relativamente fáceis de se explicar em termos de mudanças mensuráveis de consciência e padrões cognitivos. Este nível é diferente porque o universo no qual as coisas são normalmente percebidas deixa de existir.



Grande Oriente de Pernambuco - GOPE
Maçonaria Contra as Drogas – A Favor da Vida
Coordenação Estadual

Um comentário:

  1. Eu concordo em acabar com as drogas e ajudar o proximo a eliminar essa praga de suas vidas.Mas o que as raves tem com isso?É um tipo de festa como outra qualquer e vai quem quer,nah é por ta la que a pessoa tenque usar drogas,cada um sabe o que faz,é por isso que nah entra menor de idade.Muito bonito o seu trabalho,mas vc poderia tirar a frase que começa o blog,pois nah é a rave que faz as pessoas usarem drogas e nada vai inibir o uso de drogas,usa quem quer.

    ResponderExcluir

Orientações:

1º. Não coloque seu e-mail e faça suas observações;
2º. Expressões chulas, palavrões, afrontas e qualquer outras palavras demeritória, sofrerá restrições;
3º. Críticas de qualquer nível serão acatadas inclusive, sugestões - é preferível que para cada crítica tenha duas ou três sugestões;
4º. Não registre seu telefone (celular), para sua melhor conveniência para esse tipo de contato, use e-mail.
5º. Conto com vc e seja bem vindo!
6º. Caso o BLOG não tenha sido o que você esperava, dê sua sugestão de melhora citando dentro da proposta temática o que dsejaria encontrar.
7º. Grato por seu apoio e contribuição.