sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Recife(PE): Um bom exemplo a ser seguido.


O recifense está aposentando os cinzeiros e transformando a cidade em exemplo nacional e internacional de combate ao tabagismo. De todo o país, foi na capital pernambucana que a prevalência de fumantes mais caiu entre os anos de 2007 e 2008, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde.

O percentual de fumantes no Recife com 18 anos ou mais caiu de 15,9% para 10,4%, quarto menor percentual do Brasil - o menor índice é de Maceió (9,8%), acompanhada por Salvador (10%) e São Luís (10,1%). No mesmo período, o número de fumantes no país caiu de 16,4% para 15,2%. Os bons resultados alcançados pelo Recife serão apresentados entre os dias 14 a 16 em conferência latinoamericana para o controle do tabagismo que será realizada no México.


E não é a primeira vez que a cidade é destaque internacional quando o assunto é redução do número de fumantes e locaisonde o fumo é permitido. A implantação dos ambientes livres do fumo na capital do estado - já são 7.873 pontos oficiais - foi decidiva para a escolha da cidade pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como exemplo no Brasil. A entidade está realizando um estudo de caso dentro do projeto mundial de cidades livres do fumo e a experiência recifense será contada em publicação que deve ser publicada até o final deste ano.


Para a coordenadora municipal de Controle do Tabagismo do Recife, Maristela Menezes, a implantação dos ambientes livres do fumo (lei federal que começou a valer em fevereiro de 2008) foi um dos principais fatores que influenciaram a queda no número de fumantes na cidade. No Recife, 100% dos bares, boates e restaurante fechados são ambientes livres do fumo. "Eu credito a redução ao conjunto de ações integradas e intersetoriais desenvolvidas ao longo dos anos de implantação da política (antitabagística) no Recife, que propiciaram maior acesso da população às informações sobre as mais diversas questões relacionadas ao tabagismo", afirmou. Em 2003, 18% dos recifenses com mais de 15 anos eram fumantes, segundo o Inquérito Domiciliar sobre Fatores de Risco para Doenças Crônicas. Em 1989, 28% dos indivíduos com mais de 15 anos fumavam no Recife e 32% no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional Sobre Saúde e Nutrição. Segundo a OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo.


O professor universitário João Constantino Gomes Ferreira Neto, 53 anos, tem orgulho de ter deixado essa estatística para trás. A data que ele parou de fumar não sai da memória: 15 de novembro de 1990, onze dias antes da sua segunda filha nascer. A decisão de parar deixou no passado uma história que começou cedo, aos 12 anos. "Todos meus amigos de infância fumavam. Era moda, mas essa cultura está mudando", disse. Conseguir vencer o vício é o sonho de Severino Rodrigues, 62, taxista e fumante há 43 anos. "Tentei duas vezes. Na primeira, fiquei sem fumar durante quatro anos.

Na segunda, só consegui dois meses", disse. Nacidade do Recife, os fumantes podem encontrar ajuda para largar o tabagismo nos seis Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPSad). Unidades que apresentaram resultados positivos entre os anos de 2007 e 2009. Dos 524 dependentes que passaram pelo tratamento, 71,8% chegaram a parar de fumar. Deles, 83,5% definitivamente.


Um manual contra o tabagismo


Há duas décadas, um homem de 40 anos que fumava e estava prestes a perder a luta contra o câncer de pulmão perguntou ao médico porque estava morrendo. A questão ficou sem resposta mas nunca saiu da cabeça do especialista, o pneumologista Blancard Torres. Ao longo desses anos, o médico ouviu dezenas de perguntas como aquela, que procuravam desvendar os perigos, consequências e os mais diversos aspectos relacionados ao hábito de fumar. Cento e trinta e três foram reunidas e respondidas em um manual que recebeu o nome de Tabagismo: pergunte que eu respondo, que será lançado às 11h30 do próximo dia 16, no Centro de Convenções do Real Hospital Português. O livro será entregue gratuitamente aos interessados no dia do lançamento. Depois, será distribuído pelo médico, que pretende lançá-lo também na internet.

Entre os tópicos abordados na publicação, os males à saúde têm lugar reservado. De acordo com o pneumologista, o fumo é responsável por 30% de todos os cânceres, entre eles o de pulmão. "De todos os casos de câncer de pulmão, 90% ocorrem em fumantes ou ex-fumantes.

É raro câncer de pulmão, efisema pulmonar e bronquite crônica em quem não fuma", explicou. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabagismo é diretamente responsável por 90% das mortes por câncer de pulmão e 25% dos óbitos por doenças do coração. Segundo Blancard, o tabagismo já começou a ser apontado como causa de morte em atestados de óbito. De acordo com Maristela Menezes, o tabagismo passivo é a terceira causa de morte prevenível no mundo. "Se um cigarro for fumado em um ambiente com três janelas abertas, o ar só volta a ficar puro após três dias", disse.

Recifense está abandonando o cigarro

BOM EXEMPLO Capital pernambucana registrou o quarto menor percentual de fumantes no país (10,4%) entre os anos de 2007 e 2008

Fonte: Diário de Pernambuco – On line 08/09/2009.


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"Não é livre quem não obteve o domínio sobre si mesmo." (Pitágoras)



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